MAL DE AMOR

MAL DE AMOR

Sei que não deveria mais pensar

em seu olhar, em seu andar macio,

mas é assim que eu vivo, um desvario

que, entretanto, mantém meu caminhar.

Meu canto é triste, é grande o meu penar.

A vida passa e, como eu fosse um rio,

rego a saudade, evito o desafio

de desaguar no mar do seu olhar.

Tudo é ilusão, o mundo é desconforto,

porém o amor não morre, ele é eterno.

É um barco ancorado, a alma o porto.

Em alto mar, porém, a vida é um inferno.

Que fique no meu peito que, já morto,

consegue suportar o mal interno.

Gilson Faustino Maia
Enviado por Gilson Faustino Maia em 13/11/2010
Código do texto: T2613663
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