Doze anos.
Do alto de uma colina, enevoada e febril...
Encantada eu vislumbrava...o sol, em esplendor varonil.
Meu rosto não reticente fervilhava de emoção...bem anil...
Como aquele céu de verão!
E do alto de minhas doze primaveras...tão singelas...
Ia eu, como gazela...desbravar o meu quintal...
Era tudo emoldurado...por margaridas e jasmins...
E o riacho vindouro...parecia feito para mim.
Ia eu, bem doravante, com volúpia de festim!
Nem pensava em vida adulta, tinha medo desse dia...
Onde então eu cresceria, para uma vida nova levar...(de amargar)
Que besteira, que vulgar....deixar minha infância ali...
Presa entre as cachoeiras...daquele belo altar...
Onde até hoje, eu percorro, correndo...até cansar.