A morte da amásia

Jaz no leito maculado,

Petrificada diante do pavor,

Com o olhar medroso e acordado

E em seu corpo o rastro do terror.

Líquido púrpura escorrendo,

Néctar das criaturas noturnas,

E o resto de cores na face desfalecendo

Como a vida em suas luas soturnas.

A demonização do amor

Em dança balouçante e traiçoeira

Sob gritos de horror.

Pétalas sobre si

Como etéreas e últimas companheiras

Do corpo de meretriz que vi.

Douglas P
Enviado por Douglas P em 12/11/2010
Reeditado em 12/11/2010
Código do texto: T2611737
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