SONETO DO CORAÇÃO ESCRAVO

QUANDO NOS AMAMOS NAQUELA VEZ PRIMEIRA
NAQUELE  TRISTE HOTELZINHO DE PERIFERIA
NÃO PERCEBI QUE CAVÁVAMOS UMA TRINCHEIRA
PARA UMA GUERRA QUE ENTÃO JAMAIS TERMINARIA.

QUANDO DESCI PELA PLANÍCIE VIVA DO TEU CORPO
E ESCALEI AS MONTANHAS MORNAS DOS TEUS PEITOS
NÃO PENSEI QUE DALI SÓ PODERIA SAIR MORTO 
OU RELES SERVO, SEM LIBERDADE NEM DIREITOS.

INVADI UM TERRITÓRIO SÓ POR LUXÚRIA E DESEJO
E TU ME RECEBESTE COMO UM POVO OPRIMIDO
RECEBE AQUELE QUE VEM SUPRIR SUA CARÊNCIA.

ME CONQUISTASTE COM A ARMA DO TEU BEIJO.
EU QUE SÓ QUERIA SATISFAZER MINHA LIBIDO
SOUUM  ESCRAVO QUE GOVERNAS À DISTÂNCIA. 

João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 10/11/2010
Reeditado em 16/07/2011
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