Soneto

Que tenho porventura a loucura

Da soberba desse ressentimento,

Pois ainda vivo neste contentamento

Que se apodera ganância sem censura.

E que temo sem doçura essa vida dura

Essa vida de poderosos e fraudulentos

Que caminham ao decrescimento

Dos que na maioria não tem candura.

E que me ponham na rua na zona de perigo

Dando-me carta de saída, para fora

Dos padrões da lei e da atitude.

E nada temo nem aquilo que faltou outrora

Nem aquilo que fez perder meu abrigo

Nada que me faça ser fraco sem saúde.

Patricius
Enviado por Patricius em 09/11/2010
Código do texto: T2606536
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.