Um soneto sem pretesão...
Aqui...cá ...nas minhas entrelinhas...despretenciosamente...escrevo.
Agora aqui...sem mais delongas...escrevo.
Escrevo sem compromisso com a miséria ou a discórdia...
Somente escrevo, sem relevância, sem desterro.
Aqui, cá, me doo, em versos, sem emancipação, ou dolo.
Só escrevo, deixo fluir, sobre dígitos, os dedos longamente...
Neste sobe e desce teclado....em um piano...de letras.
Aqui, cá, neste mesmo tom, de um tilintar de teclas...
Que emolduram meu momento secular: versejar...
Versejando assim, sem compromisso de acertar.
Aqui, cá, a noite, sem fugas para quilombos...
Eu registro, o fim de um dia, um dia comum...
Em um país incomum, com gente que escreve, e chora.