SONETO III

Se te perdi, não sei... O tempo vai dizer-me...

Hoje ou amanhã, um dia, eu saberei.

Entrego a Deus a certeza de querer-te,

Confiando assim, não me arrependerei.

Esperar, placidamente, o meu destino

Que se cumpra o sabor da minha sorte

É condenar a minha alma ao torvelinho

A passos largos, feridos, rumo à morte.

Não! Não é isso que quero para mim!

Cultivar sonhos vãos, queixumes e tristezas

Tudo isso é cinza, é pó, só mágoa, enfim.

Eu quero mais do que uma vã espera

Sou a que luta e não se desespera

Pois há uma fera a rugir dentro de mim.

oiarabit
Enviado por oiarabit em 09/11/2010
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