SONETO II

Tantas coisas gostaria de dizer-te

Mas nenhuma delas posso te falar

Há tantas coisas impostas para gente

E uma delas, a mim, é me calar.

Viver calada, a cabeça em torvelinho

É destino que eu cumpro, bem se ve,

De amor secreto e alma em desalinho

É o que me cabe, longe de voce.

Contrariada, inventando mil imagens

Que nada dizem do que sou pra ti

Vou vivendo de sonhos, vãs miragens...

Sempre apostando um pouco mais na sorte

Eu me embrenho nos caminhos para a morte

Com a certeza cruel que te perdi.

oiarabit
Enviado por oiarabit em 09/11/2010
Código do texto: T2606016