Barbáries

Os vossos trajes forçados, que emolduram o ar

Trazem para a vida discórdias futuras

O vosso hálito nocivo que argumenta sem argumentar

Não mais engana, pois sois puta na vossa postura

Quantos ditos ao longo do vosso destino mesquinho...

Em vosso ninho, os abutres fazem o lar

E lá, os roubos, furtos e trapaças cunhados a vinho

Transportes e cargas se fazem além-mar.

A desgraça com que feris a infante nação

Jamais sentireis, na vossa plebe, a forca da lei

O juiz que absolve e dissolve o vosso perdão

Confunde quem sofre; quem é pobre ou rei

No livro não está escrito o rito de Salomão

Nem quem pode se afastar da igreja onde orei.

Ubirajara Sá
Enviado por Ubirajara Sá em 09/11/2010
Reeditado em 28/10/2011
Código do texto: T2605942
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