Barbáries
Os vossos trajes forçados, que emolduram o ar
Trazem para a vida discórdias futuras
O vosso hálito nocivo que argumenta sem argumentar
Não mais engana, pois sois puta na vossa postura
Quantos ditos ao longo do vosso destino mesquinho...
Em vosso ninho, os abutres fazem o lar
E lá, os roubos, furtos e trapaças cunhados a vinho
Transportes e cargas se fazem além-mar.
A desgraça com que feris a infante nação
Jamais sentireis, na vossa plebe, a forca da lei
O juiz que absolve e dissolve o vosso perdão
Confunde quem sofre; quem é pobre ou rei
No livro não está escrito o rito de Salomão
Nem quem pode se afastar da igreja onde orei.