A Víbora V
Vagando por entre o sangue do abismo
Desleal criatura atura a dor da sepultura
Uma luz sépia invade o olhar de vítreo cismo
Peralta da essência da espessa loucura.
Uma virgem infernal brame o hino do limo
Uma fera espera a megera sem cura
No inato mulato o retrato do cataclismo
Uma úlcera exala o odor da flor escura.
Nas abissais do passado degenerado
Jaz uma maldição de bruxas infernais
De Circe a Morgan o crivo acelerado.
Relembrando o sofrimento de outrora
Nas penúrias de Creso o rei de agora
Dos bramidos seculares sepulcrais.