Poesia Idílica

D'um reino mui distante

Vê-se germinar grão de formosa planta

De cristas douradas, sempre a crescer

Planta que verá novo amanhecer,

Novo perecer, e tudo que se desatina a desatar

Entre o nascer e o minguar, como doce manjar...

Planta que ao sol sempre irá orar

Como cultuando os deuses de seus antepassados

De tempos esquecidos, para uns ultrapassados...

E a noute irá se prostrar, como viúva

Chorando no leito de seus velhos amados!

Mas sabendo que o choro um dia será canoro

Sibilado não no Rio Plata, mas num outro

Com vestes de ouro, onde poderá mais um vez orar!

JP 8/11/10