HÁS DE CONVIR
Arrasto minhas asas, nem percebes,
És mariposa e as luzes são teu palco,
Na magia da dança tu te embebes
Enquanto eu te cortejo e me recalco.
Os brilhos que te envolvem tu concebes,
Orgulha-te do corpo a cheirar talco,
A noite é aquela taça onde tu bebes
Essa minha ilusão da qual desfalco.
És a razão maior dessa paixão
Que dia-a-dia eu vejo se esvair,
A tua estrela a ofusca sem perdão.
Mas nem sequer eu penso em desistir,
Um dia vou voar, sair do chão,
Mostrar meu coração... Hás de convir!