Temores
Eu sinto medo quando o amor vacila,
tremula frágil – leve pluma ao vento -
e apenas mágoas dentro em si destila,
tornando-se tristonho, gris, cinzento;
eu tenho medo, desse amor, que é chama,
que a leve brisa, a débil luz apaga,
que é feito de paixão, penosa saga,
e tende a terminar em melodrama;
eu temo tal amor fugaz, etéreo,
que não resiste ao tempo, nem à vida,
e pode, enfim, causar só dor, ferida,
tornar o mundo, enfim, demais cinéreo.
O amor devia ser perene rocha
mas é somente flébil e etérea tocha.
Brasília, 08 de Novembro de 2010.
Seivas d'alma, pg. 61
Eu sinto medo quando o amor vacila,
tremula frágil – leve pluma ao vento -
e apenas mágoas dentro em si destila,
tornando-se tristonho, gris, cinzento;
eu tenho medo, desse amor, que é chama,
que a leve brisa, a débil luz apaga,
que é feito de paixão, penosa saga,
e tende a terminar em melodrama;
eu temo tal amor fugaz, etéreo,
que não resiste ao tempo, nem à vida,
e pode, enfim, causar só dor, ferida,
tornar o mundo, enfim, demais cinéreo.
O amor devia ser perene rocha
mas é somente flébil e etérea tocha.
Brasília, 08 de Novembro de 2010.
Seivas d'alma, pg. 61