Soneto de Paz e de paisagem

Do meu quarto a paisagem me acalenta

Mas o meu soluço ofusca a voz do vento

que chama as folhas a rolarem sem direção.

Reclamo ao vento a me dar esta opção.

Que pelo ao menos eu sinta o seu sussurro

aos meus ouvidos, para que eu entenda a sua

mensagem tal qual as folhas, e me entregue;

assim serei leve e flutuante.

Não terei em que me apegar.

Terei a cor do vento que transforma a paisagem

que a tudo acalenta, tudo ameniza.

Então minhas lágrimas se transformarão em brisa

que dá um novo sentido às vidas que dos quartos

buscam a Paz na paisagem.

Paulo Acácio
Enviado por Paulo Acácio em 08/11/2010
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