Soneto de Paz e de paisagem
Do meu quarto a paisagem me acalenta
Mas o meu soluço ofusca a voz do vento
que chama as folhas a rolarem sem direção.
Reclamo ao vento a me dar esta opção.
Que pelo ao menos eu sinta o seu sussurro
aos meus ouvidos, para que eu entenda a sua
mensagem tal qual as folhas, e me entregue;
assim serei leve e flutuante.
Não terei em que me apegar.
Terei a cor do vento que transforma a paisagem
que a tudo acalenta, tudo ameniza.
Então minhas lágrimas se transformarão em brisa
que dá um novo sentido às vidas que dos quartos
buscam a Paz na paisagem.