Se hoje canto
Se canto agora, feito um menestrel,
e bem feliz eu lanço meu clamor,
também já conheci o desamor,
desesperanças nuas, dor cruel;
e já bebi do amargo e frio fel,
porém não rimo, nunca, amor com dor
e sem receios amo, sem temor,
transformo minha dor em doce mel.
Jamais se deve ser, do medo, escravo,
o risco sempre está presente em tudo,
nem o silêncio serve como escudo;
amar, sofrer, chorar é bem viver,
quem não sofreu não soube se atrever,
e não bebeu do doce mel no favo.
Brasília, 8 de novembro de 2010.
Se canto agora, feito um menestrel,
e bem feliz eu lanço meu clamor,
também já conheci o desamor,
desesperanças nuas, dor cruel;
e já bebi do amargo e frio fel,
porém não rimo, nunca, amor com dor
e sem receios amo, sem temor,
transformo minha dor em doce mel.
Jamais se deve ser, do medo, escravo,
o risco sempre está presente em tudo,
nem o silêncio serve como escudo;
amar, sofrer, chorar é bem viver,
quem não sofreu não soube se atrever,
e não bebeu do doce mel no favo.
Brasília, 8 de novembro de 2010.