Soneto dedicado a Ana
Ana, não corra em demasia a tua vida
deixe que o tempo natural dite curso
e que saudades seja apenas recurso
modo de não transforma-la insipida
Nunca é, todo desafio, um concurso
e se não ouvi teu nome nas avenidas
se toda tua poesia ainda não foi lida
nem tuas idéias foram meu discurso
A vida não é feita só de belas vitorias
não deixe-se em tuas velhas glórias
lhe peço: não deseje tal cousa
Ana, viva o agora com toda intensidade
Ana, viva a flor de tua pouca idade..
espere a tua vez, vai e repousa