Café da tarde...sem....

Senta aí, vamos confabular...toma um café com seu pai...

Sim, e agora, onde está, onde morás, onde toma café...pai.

Não vejo teu grisalho cabelo e tuas sábias palavras...quando...

Dizias que meu café estava bom...e agadecia...com um sorriso tênue.

Teu lugar à mesa está lá, guardado por minha mâe...e esperando.

Áquelas tardes mornas e febris onde tomávamos juntos o café...

Tão solene e documental...rememorando parentes idos..e fatos...

coloridos...

Fatos tão coloridos...pelos lápis de cor do tempo...restrito.

Fatos de outrora, tão eruditos! Que sabor tinha esse café...

Que ternura nos conselhos paternais...amanteigados...e quentinhos.

Fatos tão perto, e tão distante, que fazem a sofreguidão maior...

E maior a tua ausência sem fim, de você, e de mim...neste fato...

Ah papai, meus cafés da Tarde ...agora...são frios de saudade.

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 06/11/2010
Código do texto: T2600477
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