INVERNO NUCLEAR
O desequilíbrio anda alterando o meu meio
devido ao fluxo piroclástico de um devaneio
recorro diversas vezes ao meu dicionário
depois queimo tudo que leio.
Há um inverno nuclear circundando
minha órbita cefálica, escurecendo e resfriando
tudo aquilo em que creio
e ser mais um hipócrita, é tudo o que mais odeio.
O que mais aterroriza é meu único resquício
de humanidade não for um apelo
da minha alma aflita implorando desapego.
Enfraquecendo meu campo eletromagnético
com tal sofrimento, perco a força dentro de mim
com essa tempestade extra-física no meu desalento.