MEU CONSOLO
Não quero a gratidão de quem só chora
Não quero a gratidão dos violentos,
Quero o carinho só de quem me adora’
Só quero o amor dos que têm sentimentos.
A gratidão, carinho e amor são graças
Que não sobem ao ar com fortes ventos,
Mas, maneiram e aplacam as desgraças
Abafando os soluços e os lamentos.
Eu sou pequeno e tão entristecido,
Não sou amado e nunca fui querido.
Vivo para o trabalho noite e dia.
Amigos? Tenho alguns. O meu consolo
É respeitar o rico, o forte e o tolo.
Acordado, sonhar e ler poesia.
Salé, 05/11/10, aos 10min