JÁ QUE TEUS VERSOS
Já que teus versos cantam tantas loas
Passo a cantar os meus tão deslavados
Falo de coisas vãs, assim à toa
Sem pensamentos nobres e ordenados
Canto um amor extenso como um rio
Que leva o barco; vem fagueiro e parte
Deixando o leito abandonado em cio
Sem ter ninguém que veja a minha arte
Canto meus versos muito estremecido
Tomando o que encontro em meu espaço
Só relembrando aquele amor ferido
É um passado que em presente faço
Vivendo tudo meio parecido:
- do coração, só tenho um pedaço