A DANÇARINA E O POETA
Odir, de passagem

A vida de nós dois era completa.
O seu corpo era o próprio movimento
da dança. Dançava como o vento!
A dança, a sua deusa predileta!

Eu a via dançar como um esteta,
aos vôos dos seus pés prestando tento.
Da sua dança eu era o pensamento
que transmutava em verso. Era o poeta!

Mas o que tem começo também finda.
Um dia ela se fez mais leve e linda
e voou para os palcos mais diversos.

Embora dance no meu peito ainda,
ficou comigo uma saudade infinda
dançando fantasias nos meus versos!

JPessoa, 05.11.10

oklima
Enviado por oklima em 05/11/2010
Código do texto: T2599210
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