Imortal
Pelas plagas divinas vagas minha musa
Nas celestes pedras ígneas imolando
A chama que arde no cerne acabando
Amor e a amnésia no olhar da Medusa.
Não te esmere no que fere a alma sombria
No exato nato certo retrato melancólico
Uma luz invade um reflexo diabólico
Bramidos que um pranto eterno encobria.
Imortal dos olhos negros de uma fera
Numa busca insana a triste humana dana
Nos augúrios múltiplos da bruxa megera.
Mulher com uma viperina vontade seca
Olhos de felina que busca a verdade sana
Porém vive num mundo que gente vil sapeca.