Neurastenia

Minh’alma despedaçada

Por um amor que se foi, impávida,

Percorre o mundo em caçada

À outr’alma nobre e ávida

De amor e dor e desejo...

Mas é outono e já morrem

As flores do campo, ensejo

Que os tempos, ao amor, acorrem.

A noite é calma e fria

Suor, espera, oh! Agonia

Ela não verá o ataúde...

A alma que espera se ilude...

O amor sem sua plenitude

É sonho e neurastenia...

Ubirajara Sá
Enviado por Ubirajara Sá em 04/11/2010
Reeditado em 04/11/2010
Código do texto: T2596546
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