O Palácio das Trevas
Pesadelo que um anjo perdido descobre
Por desertos infindos de lágrimas tensas
Paladino do medo ante as dores suspensas
Num palácio envolto que a névoa encobre.
Um vacilante guerreiro de dura pedra
Quebrada a esperança jaz sepulta
Num súdito infernal da dor insepulta
Na inglória ancestral um arrepio medra.
As ondas golpeiam o barco da tirania
Eu sou o defunto sem nome, o Deserdado
Nas portas de tez humana a sorte em dados.
Silêncio no abismo escuro a melancolia
O cheiro da morte esta em cada soldado
Numa escuridão eterna jazem em agonia.