A meretriz
Oh, Flor do campo, donaire do amor
Pega da lança, azagaia o quinhão
Tarde a estuar, a cambraia sem dor
Dançando a dor, fustigante paixão
No Céu crispado, tão lindo se foi
Deixa de manha, por qual se acanha...
Leve acerada – que o próximo soe!
Como que aço, que a quaderna amarfanha
Oh, Flor do campo, tão virgem, tão virgem!
Como na Índia tu veste o quimão
É teu quinhão, leva-o à mão, qual não?
Esgarça a estuar qual essa vertigem
E sonha a esperança, alfaia-te e mata
E foges pro campo e chora a desgraça!