A meretriz

Oh, Flor do campo, donaire do amor

Pega da lança, azagaia o quinhão

Tarde a estuar, a cambraia sem dor

Dançando a dor, fustigante paixão

No Céu crispado, tão lindo se foi

Deixa de manha, por qual se acanha...

Leve acerada – que o próximo soe!

Como que aço, que a quaderna amarfanha

Oh, Flor do campo, tão virgem, tão virgem!

Como na Índia tu veste o quimão

É teu quinhão, leva-o à mão, qual não?

Esgarça a estuar qual essa vertigem

E sonha a esperança, alfaia-te e mata

E foges pro campo e chora a desgraça!

jairomellis
Enviado por jairomellis em 03/11/2010
Código do texto: T2594768
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