A Víbora IV

Nas órbitas celestes do medo escondes

O terrível ódio ancestral da torpe megera

Das sombras emerge a insaciável fera

Na morte sem sorte os anjos respondes.

Num pântano de trevas a tez escura

Flores crescem no arcaico cemitério

Da rainha da morte ao norte deletério

Um espírito eivado de sangue e secura.

Bebendo no cálice vil o líquido mortal

Uma língua seca e um olhar perdido

Nas hordas malignas do meio sepulcral.

Artista da fome mortal do aturdido

Condenado ao degredo triste e infernal

Fujas do Anjo Negro senhor de todo mal.

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 03/11/2010
Reeditado em 03/11/2010
Código do texto: T2594318
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