Coração das Trevas
à Cristina Ricci
Não sossega em paz o peito silente
Ausente a dormente presente sente
Morrer por querer o prazer de te ter
Na volúpia insana a ufana cigana ao ver.
Acusar sem recusar o embriagar mente
Ao suportar o pesar da lágrima quente
Da saudade que enfraquece o poder
Sem jeito o defeito estreito ao nascer.
Nunca deixar de amar a minha Vandinha
Uma pena que a morena morra depressa
Um gélido e obscuro cemitério refeito.
Desfeito o enlace que lace a moreninha
Parte que reparte uma arte do crente feito
Na sina o sofrer por amor que não cessa.