EM NOME DA CULTURA
EM NOME DA CULTURA
Não vou mais bancar a minha própria derrota
só postando em público belas poesias.
Não desperdicei ali meu tempo ou economias
mas, por minha culpa, banquei perfeito idiota.
Mulheres! Fazem minhas doces fantasias,
mas a vida me deu delas ideia ignota,
que alteou minha arte à classe de alta nota
pra elevá-la ao patamar de fama sombria.
Sou homem ingênuo, romântico e carente;
pouco estudo trago, mas capacito a mente.
Na seara do saber reforço a estrutura.
Se há psicológico instante volto ao recanto
quebro juramentos reconduzindo encantos
fiz de tudo em nome do amor e da cultura.
Seneto nascido em momento
de indecisão psicológica.