Soneto A Mulher Desconhecida
Me veio nua com teu verbo
Conjugando meu coração quieto
Estre as aspas do teu tempo ereto
Que me perpassa e me faz teu servo.
Entrastes pura e indócil, amiga
Cismo que sejas a volúpia do ser
Quando viestes cálida tecer
Nos meus lábios o dizer; - Fica
Ficaste na minha ânsia como uma posse
E na contração da carne como se fosse
A vida; - Serás eterna como a flor
Quando partindo em decúbito imarcescível
Despetalar o seio no enleio inesquecível
Por já ter nos pousado à pétala o amor...