Soneto A Mulher Desconhecida

Me veio nua com teu verbo

Conjugando meu coração quieto

Estre as aspas do teu tempo ereto

Que me perpassa e me faz teu servo.

Entrastes pura e indócil, amiga

Cismo que sejas a volúpia do ser

Quando viestes cálida tecer

Nos meus lábios o dizer; - Fica

Ficaste na minha ânsia como uma posse

E na contração da carne como se fosse

A vida; - Serás eterna como a flor

Quando partindo em decúbito imarcescível

Despetalar o seio no enleio inesquecível

Por já ter nos pousado à pétala o amor...

Gabriel Alcaia
Enviado por Gabriel Alcaia em 30/10/2010
Código do texto: T2586605
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.