MEMÓRIAS
Odir, de passagem.


São tantas, resguardadas, as histórias
dos amores sonhados e vividos,
que me enredo no enredo das memórias
para evocar amores esquecidos.

Dos fingidos fugi das trajetórias,
despedi-me de amores despedidos,
e, descrido de imagens ilusórias,
aprimorei dos sonhos os sentidos.

Hoje, à minha memória dou valor.
Faço testes mentais, quando preciso,
pela voz, pelo cheiro, pela cor.

Olho nos olhos, prendo-me ao sorriso,
abraço, beijo a boca e, sendo amor,
guardo o retrato, anoto e memorizo!

JPessoa. 29.10.10
oklima
Enviado por oklima em 30/10/2010
Código do texto: T2586427
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