Ofuscada....

Lá no fundo da alma, soa um ritmo quente e gélido...

Que evidencia...uma calmaria...inexistente...

A alma está presa, bem trancafiada...num corpo sem vida,

Que sucumbe ofuscado...sem brilho e sem viço!

Sem viço, a figura está como rosa despetalada...

Ela ruma, anda, fala, ri, e nem chora...

Se chorar, é sinal que brilha...

E ninguém quer seu brilho,

Fecha-se, esse ser então, em seu camarim...

E transporta-se pelo tempo, pelo vento...pelo pensamento...

De um outrora, de um país, de uma janela, de um martírio...

Vai transcendendo tudo, todos, e se vê...solta, sem fim...

Seu ponto final, não existe, apenas remaneja-se....

Uiva, canta, baila e esquece da prisão da alma...

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 29/10/2010
Código do texto: T2586097
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