Horas nuas
Através da vidraça vê-se as flores
que balançam, tangidas pela brisa
que, faceira, nas pétalas desliza,
a roubar, para si, os seus olores;
a garoa, que cai e bucoliza
o cenário, repleno de verdores,
acentua seus tons e seus primores
e o canteiro de rosas fertiliza;
e, da janela, vê-se a rosa ao vento,
as folhas mortas que voando vão,
molhadas pelo chuva de verão;
e o céu - a derramar o pranto lento,
orvalhando jardins, gramados ruas -
torna mais belas essas horas nuas.
Brasília, 29 de Outubro de 2010.
Através da vidraça vê-se as flores
que balançam, tangidas pela brisa
que, faceira, nas pétalas desliza,
a roubar, para si, os seus olores;
a garoa, que cai e bucoliza
o cenário, repleno de verdores,
acentua seus tons e seus primores
e o canteiro de rosas fertiliza;
e, da janela, vê-se a rosa ao vento,
as folhas mortas que voando vão,
molhadas pelo chuva de verão;
e o céu - a derramar o pranto lento,
orvalhando jardins, gramados ruas -
torna mais belas essas horas nuas.
Brasília, 29 de Outubro de 2010.