Inexorabilidade
O que se foi se foi. Não volta mais
e, se algo sobrevive, nas lembranças,
daqueles tempos prenhes de esperanças,
o que se foi não volta a nós, jamais;
o tempo impõe distâncias abismais,
por vezes não nos deixa nem heranças,
e gera, em nossas vidas, mil mudanças
em meio a tantas mágoas, prantos, ais.
Do que se foi nos resta dor, apenas,
a sensação de que perdemos tanto,
vazios que ninguém e nada encobre;
o tempo, que tem asas de falenas,
por vezes, nos devolvem paz e encanto,
em forma de saudade, terna e nobre.
Brasília, 28 de Outubro de 2010.
Livro: Sonetos diversos, pg. 86
O que se foi se foi. Não volta mais
e, se algo sobrevive, nas lembranças,
daqueles tempos prenhes de esperanças,
o que se foi não volta a nós, jamais;
o tempo impõe distâncias abismais,
por vezes não nos deixa nem heranças,
e gera, em nossas vidas, mil mudanças
em meio a tantas mágoas, prantos, ais.
Do que se foi nos resta dor, apenas,
a sensação de que perdemos tanto,
vazios que ninguém e nada encobre;
o tempo, que tem asas de falenas,
por vezes, nos devolvem paz e encanto,
em forma de saudade, terna e nobre.
Brasília, 28 de Outubro de 2010.
Livro: Sonetos diversos, pg. 86