Com puta dor
Desde que a vi assim toda iluminada
Fiquei inebriado de encantamento
Percebendo que ali estaria a chave
Ao me fazer feliz por um momento
Ao debruçar-me nela por inteiro
Fui envolvendo-me cada vez mais
Sem perceber as tramas do engenheiro
Que ao construí-la retirou minha paz
Fez de mim cibernético cativo
A buscá-la por paixão todo o dia
Por compulsão de um doente passivo
Preso à maquina sem razão não via
Com puta dor o tempo a se escoar
Por dedos mecânicos de um passivo