Fonte Rara
Olha a fonte nascente descendo
Jorrando defronte o horizonte
Entre as pedras daquele monte
Fazendo estrada escorrendo.
Olha as flores brotando nascendo
No vaso no bosque na beira da ponte
Chuva que corre levando mui forte
As rosas que crescem, mas vão se perdendo.
Olha o rio que recebe da fonte nascente
O cristal que dá vida e falta no mundo
Dos latifúndios que morrem descontentes.
Que fonte é tão caro tão raro e profundo
Que emana abundante corrente
E que jorra alegria no bolso do absurdo.