FRAGMENTO
Sem teu calor na noite fria, triste,
nem sopros do teu ar que então respiro,
não ouço teu rumor e, só, suspiro,
por que não voltas para pôr-me em riste?
Com tuas flores vivas, vem e cobre
meu ser, meu corpo todo em teu apuro
e prende a minha vida em nó seguro,
manando tua água pura e nobre!
Preciso que atendas ao apelo:
Não deixes tão sedento o teu menino!
Teu suco, cada poro, cada pelo...
Pra eu não secar vazio, vão, inane,
fragmento, mutilado em vil destino,
faltando em mim a parte tua imane!