Nona estação - A terceira queda

A pesar sobre o ombro, enorme cruz

era a marca cruel do seu castigo,

um pesado troféu por ter querido

acabar toda a treva e expor a luz.

O caminho a subir, acidentado,

aumentava o martírio de quem já

duas vezes caíra e, sem parar,

era exposto aos açoites, já cansado.

Outra queda ocorreu e, novamente,

ao tentar descansar, foi castigado

e ao suor se juntou mais rubra cor.

Sua cruz lhe pesava enormemente:

em seu ombro pesou todo o pecado,

era o peso do homem pecador.