DESPEDIDA
Odir, de passagem
Dessa rua, que é minha, me despeço.
Cansei de seus cenários conflitantes.
Cenas de agora calam cenas dantes,
prensadas pelos passos do progresso.
Da janela ao amor perdi o acesso
(risos, beijos e acenos excitantes),
por isso dela mais amor não peço:
os vultos que me viam vão distantes!
Da minha rua restam-me as estantes,
nas estantes os livros onde expresso
sonetos sensuais às ex-amantes.
Sequer dos livros mais não me interesso.
Compulsando os seus últimos instantes,
dessa rua, que é minha, me despeço!
JPessoa, 23.10.10
Odir, de passagem
Dessa rua, que é minha, me despeço.
Cansei de seus cenários conflitantes.
Cenas de agora calam cenas dantes,
prensadas pelos passos do progresso.
Da janela ao amor perdi o acesso
(risos, beijos e acenos excitantes),
por isso dela mais amor não peço:
os vultos que me viam vão distantes!
Da minha rua restam-me as estantes,
nas estantes os livros onde expresso
sonetos sensuais às ex-amantes.
Sequer dos livros mais não me interesso.
Compulsando os seus últimos instantes,
dessa rua, que é minha, me despeço!
JPessoa, 23.10.10