ESTOU VELHO!



Estou velho! Vejo-me ao espelho
Não vem um conselho e ser zarelho
Para recuperar o que está a escapar
Forçado a poupar tenho que pensar

Numa desilusão em certa ocasião
Resta um senão que não fica em vão
Perante ela que é nesta querela
A parte mais bela com a sua parcela

Tiro partido com o que está atribuído
No prazer consumido tão bem dividido
Que tem voz no leito quando é perfeito

Onde é feito com um pau bem direito
Ninguém rejeita a ternura que se aceita
E que nos deleita numa cama desfeita
Zé Albano
Enviado por Zé Albano em 23/10/2010
Reeditado em 14/04/2014
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