A RIQUEZA MAIOR

Sonhei com a riqueza o tempo todo,

Com a mesa farta de iguarias mil,

Vendo a esterqueira nauseabunda e o lodo

Atapetando o meu caminho vil.

Ah! Busquei com afinco e com denodo,

Através de um trabalho varonil

O ouro, as riquezas, mas, só vi o engodo

Num caminho de farsa, pueril...

Esqueci o ouro. Percorri a estrada

Aspérrima de crente e de cristão...

Amei ao pobre, a plebe injustiçada...

E fui feliz, por compreender, então,

Que a riqueza maior, a mais sagrada

É a que temos em nosso coração!

Salé, jan/2002