A ARANHA

Criança esperta, corajosa, viva,

Corria atrás das grandes borboletas.

Era um terror e de forma ostensiva

Para os insetos, um dos mais capetas.

Viu, um dia, uma aranha inofensiva,

Mas dessas grandes, bem peludas, pretas

Que alguém jogou por gozação nociva

Sobre a sua caixinha de etiquetas.

Gritou que todo mundo se abaixasse.

De chinela na mão e muita classe,

Coração disparado e tanto medo.

Pé ante pé, valente, com capricho,

Zás! Esmagou, com a arma, o enorme bicho:

Uma aranha horrorosa... De brinquedo!

Salé, jan/2002