Cam
Teu olhar é penetrante minha diva
Tu te esquivas, pois de mim que queres bem,
Tua trufa com gostinho de também,
Mas não furte a minha vida. Venha e viva!
Quando tu pareces tensa e tão esquiva,
Quando crivas siso o pranto vem que vem:
Peito estufa sem carinho e o meu desdém
Faz de ti a poetisa que deriva
Entre a dor da despedida mais recente;
Entre o amor mais desejado e complacente;
Entre o vulto da tristeza e da saudade...
Eu de cá fico te olhando atentamente
E pudico vou cismando abertamente,
Presto culto para ti minha deidade.