Metamorfose
Arranho linhas vestidas em versos
Páragrafos que se sentem estrofes
Transcorrendo nos velhos veios
A minguar no Aqueronte
Deixando para trás aquilo que um dia foi
Para no mortuário rio
Encontrar a beleza de seu sentido
Mesmo que saiba o quanto isto doi...
A friesa paragrafal desvela
Nas margens deste rio
A cálida e fulgurante rima
Cujo beijo de amante
Causa tamanho calafrio
Que da prosa surge a germinante poesia!