Uma rosa na bigorna

Empilhava a sorte em ferraduras

Servil o martelo à empunhadura

Rude vergando o obediente ferro

Resignado o metal a cada berro

Indiferente ao lado nasceu a rosa

Juntou-se à marreta, cravo e grosa

E quando o cheiro da brasa aumenta

O aroma da rosa, perfuma e ostenta

Dobrado ele,pela beleza da amazona

Que aceitou a rosa, do alto do alazão

Deixando o sorriso, por sobre o carvão

Confundiu o coração daquele ferreiro

Partiu sua sorte de uma ferradura;

Ou brotou da rosa aquela ventura?

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 21/10/2010
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