SUICIDA

Esta saudade me dói tanto,

Que até a morte eu desejo;

É tanta a falta do teu beijo

E tão doído é o meu pranto...

Mas, em momentos de lampejo,

Mesmo apesar do desencanto,

Sei que morrer não é, no entanto,

Aquilo que eu mais almejo...

Quero viver mesmo sabendo

Que a minha vida é de mortiço,

Pois que sem ti vivo morrendo.

Suicidar-me é um desserviço;

Matar-me seria um remendo...

Deixa a saudade cuidar disso.

Jorge de Oliveira
Enviado por Jorge de Oliveira em 21/10/2010
Reeditado em 21/10/2010
Código do texto: T2570284
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