SUICIDA
Esta saudade me dói tanto,
Que até a morte eu desejo;
É tanta a falta do teu beijo
E tão doído é o meu pranto...
Mas, em momentos de lampejo,
Mesmo apesar do desencanto,
Sei que morrer não é, no entanto,
Aquilo que eu mais almejo...
Quero viver mesmo sabendo
Que a minha vida é de mortiço,
Pois que sem ti vivo morrendo.
Suicidar-me é um desserviço;
Matar-me seria um remendo...
Deixa a saudade cuidar disso.