MINHA CRUZ
Ah! Não rias de mim, princesa linda,
Quando extravaso em versos – loucos versos -,
Esta forte paixão que nunca finda
Como a chama dos astros mais diversos.
Trazes contigo a fé – nobreza infinda!
Eu trago apenas tristes ais dispersos!
És elegante e eu capengo ainda.
Vives num céu e eu entre os mais perversos.
Ah! Não rias de mim se um longo abismo
Separa-nos por sermos treva e luz.
Meu amor chega às raias do egoísmo!
Não rias, se a teus pés, paixão secreta
Deposito, feliz! É a minha cruz!
Porque és linda demais e eu sou poeta!
Salé, jan/2002