Soneto à essência pura

O olhar é pouco para desvendá-la,
porque se esconde por detrás de tudo,
nas pétalas da rosa e espinho agudo,
além da voz, que emocionada, cala;

não há, também, sequer como tocá-la,
é fugidia e etérea, sobretudo,
e grita, brada, quando se está mudo,
no amor, na dor que fere, que apunhala.

Silente ela se esconde dos olhares,
somente os olhos d’alma podem vê-la
em plena noite escura, em pleno dia.

Presente está na lágrima e nos ares,
e luzirá na pequenina estrela,
pois é a pura essência da poesia.

 
Brasília, 20 de Outubro de 2010.


Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 20/10/2010
Reeditado em 30/01/2013
Código do texto: T2568132
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