Soneto à essência pura
O olhar é pouco para desvendá-la,
porque se esconde por detrás de tudo,
nas pétalas da rosa e espinho agudo,
além da voz, que emocionada, cala;
não há, também, sequer como tocá-la,
é fugidia e etérea, sobretudo,
e grita, brada, quando se está mudo,
no amor, na dor que fere, que apunhala.
Silente ela se esconde dos olhares,
somente os olhos d’alma podem vê-la
em plena noite escura, em pleno dia.
Presente está na lágrima e nos ares,
e luzirá na pequenina estrela,
pois é a pura essência da poesia.
Brasília, 20 de Outubro de 2010.
O olhar é pouco para desvendá-la,
porque se esconde por detrás de tudo,
nas pétalas da rosa e espinho agudo,
além da voz, que emocionada, cala;
não há, também, sequer como tocá-la,
é fugidia e etérea, sobretudo,
e grita, brada, quando se está mudo,
no amor, na dor que fere, que apunhala.
Silente ela se esconde dos olhares,
somente os olhos d’alma podem vê-la
em plena noite escura, em pleno dia.
Presente está na lágrima e nos ares,
e luzirá na pequenina estrela,
pois é a pura essência da poesia.
Brasília, 20 de Outubro de 2010.