“Amor Paternal”
(Luiz Henrique)
 
Tomava por impossível alguém afirmar
Que o amor tivesse hierarquia ou classificação
Se determinado tipo se subordinaria ou pudesse superar
Ou se o comércio afetivo estria ligado à espécie da relação
 
Os sinais de amor se corporificam
Em extremada capacidade de doação
E nas promessas que não raro se ratificam
Quando se oferece a vida a outrem sem condição
 
Mas dia desses me pus a refletir
Que ainda que o amor não tenha escalão
Há um amor privilegiado, é forçoso se admitir
Em que o ser amado sequer nasceu – é ainda embrião
 
Pouco importa se cada forma de amar é diferente ou igual
Sei que o meu por você é infinito e insuperável - amor paternal



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