LUTO
Odir, de passagem
Claro na noite, em noite escura, penso
no que foi do que fiz errado e certo,
no festivo das horas, no deserto
da minha vida - que se fez imenso.
Penso no pranto e no sorriso apenso
à boca que se cala ao peito aberto
e não responde à dor de amor incerto
que me levou a paz, roubou-me o senso.
Claro na noite, o vento devoluto
fala a fala que cala a lucidez,
supliciando a voz que, à sós, escuto.
Então, em desvario absoluto,
ao ouvir sua voz, mais uma vez,
reflito a noite e visto-me de luto!
Odir, de passagem
Claro na noite, em noite escura, penso
no que foi do que fiz errado e certo,
no festivo das horas, no deserto
da minha vida - que se fez imenso.
Penso no pranto e no sorriso apenso
à boca que se cala ao peito aberto
e não responde à dor de amor incerto
que me levou a paz, roubou-me o senso.
Claro na noite, o vento devoluto
fala a fala que cala a lucidez,
supliciando a voz que, à sós, escuto.
Então, em desvario absoluto,
ao ouvir sua voz, mais uma vez,
reflito a noite e visto-me de luto!