A cruz e o tridente

Carregava no olhar a candura

À sombra de uma alma impura

Vivia em um conceito alvejado

Mas tinha por hóspede o pecado

Cantava cantiga aos pequenos

E aos grandes jorrava veneno

pregando, mostrava-se passiva

submetendo, revelava-se lasciva

seu corpo abrigava em conchavo

sua crença e quem sabe o diabo

fazendo submisso ao fogo latente

uma pureza em corpo tão quente

e hipócrita, em manto de inocência

ao pecado sempre dava a anuência

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 19/10/2010
Reeditado em 11/05/2011
Código do texto: T2565671
Classificação de conteúdo: seguro