A cruz e o tridente
Carregava no olhar a candura
À sombra de uma alma impura
Vivia em um conceito alvejado
Mas tinha por hóspede o pecado
Cantava cantiga aos pequenos
E aos grandes jorrava veneno
pregando, mostrava-se passiva
submetendo, revelava-se lasciva
seu corpo abrigava em conchavo
sua crença e quem sabe o diabo
fazendo submisso ao fogo latente
uma pureza em corpo tão quente
e hipócrita, em manto de inocência
ao pecado sempre dava a anuência